As tratativas da convenção coletiva de trabalho 2016/2017 entre o Sindifato e o sindical do comercio varejista de medicamentos do Tocantins, está longe de chegar a uma solução.
O Sindifato fez uma proposta inicial de 14,89%, porém a categoria já reduziu esse percentual para 11%, levando-se em consideração as perdas dos anos anteriores e mais a inflação acumulada dos últimos 12 meses.
O Sindicato patronal sinalizou com 3% de contraproposta. O que inviabilizou qualquer negociação, pois está muito aquém da realidade do mercado.
Para o diretor do Sindifato, o farmacêutico Renato Melo, “essa proposta é irreal e não atende os anseios de nenhuma categoria. Nada foi reajustado em 3% no ano de 2016, assim, entendemos essa contraproposta como danosa a nossa categoria”, afirmou o diretor.
O Sindifato está orientando as empresas que quiserem adiantar o reajuste de 11% que o façam retroagindo a data base da categoria que é 1 de agosto. “ A sugestão é diminuir os prejuízos para as próprias empresas, pois quando mais o tempo passar, os valores irão se acumulando”, informou Melo.
Data base
A data base é a data escolhida pelos dois sindicatos para que ocorre o reajuste anual dos pisos salariais. O dia 1 de agosto é a data base dos Farmacêuticos do Comércio no Tocantins.
Ocorre que essa data já expirou a tempos, quem sairá mais prejudicado por esse atraso, são os empresários que terão que pagar o piso da categoria com o reajuste, além das diferenças salariais desde 1 de agosto de 2016. O que pode onerar ainda mais a folha de pagamento das empresas.
Mediação
O Sindicato dos Farmacêuticos irá solicitar a mediação da superintendência do Ministério do Trabalho. Durante a mediação, os sindicatos apresentam as suas propostas e o mediador tenta ajudar as propostas para se chegar a um consenso.
Segundo o diretor do Sindifato, “essa etapa faz parte das negociações salariais. Não acredito que os empresários do ramo farmacêutico querem ser prejudicados pela intransigência dos seus representantes”, finalizou Melo.
Da redação