Na manhã desta quarta-feira (24), aconteceu mais uma reunião de negociação entre o sindicato dos Farmacêuticos e a representação patronal dos hospitais, clínicas e laboratórios privados do Estado do Tocantins.
Desde 2019 os sindicatos tentam chegar a uma negociação coletiva para regulamentar a relação de trabalho entre farmacêuticos e estabelecimentos privados de saúde.
Apenas dois pontos da pauta estão dificultando as negociações, que são o número de plantões realizados por mês em escala de 12×36, e o reajuste salarial com base na inflação.
O sindicato dos Farmacêuticos denuncia que os hospitais estão praticando a jornada de 12×36, sem respeitar o limite semanal da jornada de trabalho, que é de 44 horas semanais, e sem respeitar o descanso semanal previsto no artigo 67 da CLT.
Segundo o Presidente do sindicato profissional, Renato Soares Pires Melo “os farmacêuticos não têm descanso semanal, estão trabalhando dia sim, dia não, chegando a fazer 15 ou 16 plantões em apenas um mês“.
A representação patronal por sua vez, quer regularizar o número de 15 plantões em convenção coletiva de trabalho, o que foi rechaçado pela categoria farmacêutica.
Em relação ao reajuste salarial, a representação patronal não quer conceder qualquer reajuste para os profissionais, que estão desde 2019 com os salários congelados.
As partes aceitaram pedir a mediação do Ministério da Economia para tentar chegar a um acordo.
Caso não seja possível, as partes também já ventilaram a possibilidade de um dissídio coletivo.
Da redação.