As negociações entre o Sindicato dos Farmacêuticos e a Fecomércio TO, sobre a convenção coletiva de trabalho das farmácias, drogarias e distribuidoras chegou ao final, com a manutenção de todas as cláusulas, porém, sem reajuste salarial.
A proposta profissional, foi de reajuste de 4,3%, inflação acumulada nos últimos 12 meses que antecedem a data base da categoria.
“A pandemia tornou instável as negociações, dificultou a realização de reuniões presenciais”, informou o Presidente do Sindicato, Renato Soares Pires Melo.
Em sua contraproposta, a representação patronal apresentou um reajuste de 2,4%, porém condicionou a aplicação do índice ao aumento da jornada de trabalho para 44 horas semanais.
Em consulta aos profissionais, a categoria avaliou que o aumento da jornada de trabalho traria uma série de prejuízos para os farmacêuticos que trabalham no segmento de farmácias, drogarias e distribuidoras.
Tornaria inviável a manutenção de um segundo vínculo de trabalho, além de causar prejuízos aos farmacêuticos plantonistas, pela redução do número de plantões.
O valor referente à 2,4% de reajuste não compensaria a inclusão de mais 4 horas semanais na jornada de trabalho, que atualmente é de 40 horas.
Assim, a CCT com data base em 1º de agosto de 2020, terá os mesmos salários já praticados, e a manutenção de todas as cláusulas sociais e financeiras.
Após o fim da pandemia, o Sindicato profissional irá convocar nova Assembleia Geral Extraordinária para elaboração de nova proposta de reposição de perdas, seja por meio de aumento salarial, seja por meio de benefícios.
“Os índices inflacionários não estão favoráveis para reajustes salariais. Nessa situação, a inclusão de benefícios seria mais viável, e apresentaria ganhos reais para a categoria”, finalizou o Melo.
A CCT foi protocolada no sistema mediador sob o número MR045328/2020, para acesso público.
Mais informações poderão ser envidas para o e-mail contato@sindifato.org.br
Da redação.