Em um movimento que sublinha a necessidade de diálogo e entendimento entre o setor público e os profissionais de saúde, o Sindicato dos Farmacêuticos (SINDIFATO), através de seu presidente, enviou uma solicitação formal para a reativação da Mesa Estadual de Negociação Permanente do Trabalho no SUS. O fórum, que já existiu em anos anteriores, tem como principal objetivo facilitar as discussões de forma pacífica e administrativa, atendendo às demandas que afetam os servidores nas unidades de saúde.
Entretanto, até o momento, a Secretaria de Saúde ainda não se manifestou sobre o pedido. O silêncio do órgão público frente a uma solicitação tão relevante causa preocupação, especialmente em um cenário onde os profissionais de saúde, incluindo farmacêuticos, enfrentam desafios significativos, desde condições de trabalho até questões salariais e de segurança.
A criação de espaços de diálogo é essencial para que haja uma melhor compreensão das necessidades e demandas dos servidores públicos na área da saúde. Segundo o presidente do SINDIFATO, “o fórum de debates é uma ferramenta crucial para que possamos discutir, de forma transparente e eficaz, as questões que afetam nosso dia a dia nas unidades de saúde.”
O fato de o poder público não se mostrar disposto a retomar esses espaços de discussão gera uma atmosfera de lamentação e desânimo entre os profissionais da saúde. A incapacidade ou a falta de vontade de estabelecer uma via de comunicação só contribui para ampliar as fissuras já existentes entre servidores e gestores públicos, num momento em que a cooperação é mais necessária do que nunca.
Sem a Mesa Estadual de Negociação, diversas questões ficam sem resolução adequada, desde as relativas à carga horária, condições de trabalho, até mesmo questões de caráter mais amplo, como estratégias para melhoria da saúde pública. Tal lacuna só faz aumentar a sensação de desamparo e de falta de reconhecimento dos profissionais que estão na linha de frente do sistema de saúde.
O SINDIFATO aguarda uma resposta da Secretaria de Saúde e mantém a esperança de que o órgão público compreenda a relevância da reativação desse mecanismo de diálogo. A ausência de resposta, porém, lança um véu de incerteza sobre a disposição do poder público em negociar de forma pacífica e construtiva com seus servidores.
Neste cenário, uma coisa é clara: a falta de comunicação e a indisposição para o diálogo abrem um precedente perigoso, que pode prejudicar não apenas os servidores da saúde, mas também a população que depende desses serviços essenciais.
Fonte: Sindicato dos Farmacêuticos.