Na tarde desta quarta feira (3), o Sindicato dos Farmacêuticos do Estado do Tocantins – Sindifato, enviou uma notificação para o sindicato patronal que representa os estabelecimentos privados prestadores de saúde. Segundo o sindicato profissional, os representantes do segmento econômico estão protelando deliberadamente as negociações coletivas entre as duas entidades. Os representantes dos patrões deixaram de comparecer à 7 (sete) reuniões agendadas, 3 (três) delas, eram de mediação convocadas pelo Ministério do Trabalho em Palmas/TO.
O Presidente do Sindifato, Pedro Henrique Goulart Machado Rocha, condenou a atitude patronal. “O atraso nas negociações é ruim para todos. Os profissionais irão receber as diferenças salariais devidamente corrigidas. Já os hospitais, terão um passivo que aumenta a cada mês”, finalizou Rocha.
Para o Secretario Geral do Sindifato, Renato Soares Pires Melo, nada justifica esse atraso. “O patronal precisa tratar as negociações coletivas com mais seriedade, pois esses atrasos, geram uma desordem para as empresas que, certamente, deixarão de cumprir com suas obrigações referente a atualização salarial, alimentação, adicionais, horas extras, adicional noturno e outros valores que necessitem de cálculos complexos para se chegar ao resultado correto”, informou Melo.
Segundo os diretores do Sindifato, em 2017, dezenas de estabelecimentos foram notificados para corrigirem os equívocos decorrente dos cálculos de atualização salarial dos farmacêuticos. Em alguns casos, o impasse teve que ser levado a justiça do trabalho, o que resultou na condenação dos estabelecimentos ao pagamento das indenizações trabalhistas.
Um dos maiores equívocos causados pelo atraso nas negociações coletivas, segundo os diretores, ocorre quando as empresas deixam de pagar os reflexos decorrentes da atualização salarial. Reflexos em férias e 1/3 de férias, 13º salário, previdência, FGTS, Imposto de Renda, adicional noturno, horas extras, alimentação, adicional de Responsabilidade Técnica e outros. E quando não corrigem de forma espontânea, são acionadas pela via judicial, demandando um desgaste desnecessário.
Fonte: Sindifato