O Sindifato (Sindicato dos Farmacêuticos do Tocantins) notificou o secretario estadual da Saúde, Renato Jayme, sobre uma determinação da direção do HRA (Hospital Regional de Araguaína) que tenta obrigar os farmacêuticos daquela unidade a realizarem os testes rápidos (exames para detectar HIV, hepatite, sífilis e outras doenças) em pacientes. A determinação foi repassada pelo diretor-clínico daquela unidade, Luiz Fernando D’Albuquerque e Castro.
Segundo o diretor, os farmacêuticos devem realizar os testes rápidos, sempre que solicitado pelo plantonista. “Além de ser uma determinação improcedente, não tem legitimidade, visto que a Farmácia do HRA se encontra sem coordenador e o novo serviço não foi deliberado com os farmacêuticos. Essa imposição não se sustenta, tendo em vista que o governo não regulamentou o adicional de insalubridade dos farmacêuticos para a realização do referido exame”, ressaltou o secretário-geral do Sindifato, Renato Soares Pires Melo.
O Sindifato explica, ainda, que durante os plantões os farmacêuticos devem atender todas as farmácias satélites da unidade hospitalar, o que é inviável, pois o exame, apesar do nome, não é tão rápido. “Com certeza, essa obrigatoriedade causaria conflitos e falhas graves no atendimento”, ressaltou o secretário do Sindifato.
A notificação do sindicato ao secretário estadual foi entregue na terça-feira, 22 de maio. Até agora, não houve resposta do governo.
A orientação do Sindicato dos Farmacêuticos aos profissionais é que não realizem os testes rápidos, até a regulamentação do adicional de insalubridade pela Secretaria de Estado da Saúde. “E mesmo após eventual regulamentação, isso tem que ser deliberado pelos profissionais e a direção da unidade, destacando os profissionais disponíveis para realizar os exames, o local adequado e as escalas para que ninguém fique sobrecarregado com o acumulo de funções”, frisou o líder sindical.