CRISE NA SAÚDE: ASM ADMITE CALOTE A PROFISSIONAIS DE UTIS NOS HOSPITAIS ESTADUAIS

Em um áudio divulgado no último sábado, a presidente da Associação Saúde em Movimento (ASM), Ana Claúdia Mendonça Vitti, confessou que a instituição deu um calote nos profissionais que atuam de forma terceirizada nas UTIs dos hospitais públicos do Estado do Tocantins. A ASM é responsável pela gestão dessas unidades em Palmas, Araguaína, Gurupi, Augustinópolis e Maternidade Dona Regina, em Palmas.

Recentemente, trabalhadores terceirizados denunciaram atrasos salariais e expressaram preocupação com a situação. Em resposta a essas dificuldades, o Ministério Público do Tocantins (MPTO) solicitou judicialmente o bloqueio de R$ 1,1 milhão nas contas do Estado para garantir o pagamento desses profissionais.

Adicionalmente, na última sexta-feira (5), o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou o bloqueio de R$ 5,6 milhões nas contas da ASM, em ação movida pelo grupo Medic/MedPlus.

A ASM argumentou que os recursos destinados ao pagamento dos salários dos terceirizados foram bloqueados judicialmente. Em um áudio compartilhado em um grupo de WhatsApp de profissionais da saúde, a presidente Ana Claúdia Mendonça Vitti considerou indevido o bloqueio do TJ-SP, referindo-se a ele como “pilantragem”. Ela lamentou que, apesar dos esforços, a ASM só conseguiu efetuar o pagamento de alguns profissionais, admitindo, assim, o calote.

O Sindicato dos Farmacêuticos, que já havia alertado sobre os indícios de que a ASM não continuaria prestando serviços no Tocantins, vê agora suas preocupações se concretizarem. Os profissionais, incluindo farmacêuticos, enfrentam prejuízos significativos e podem buscar reparação na justiça para receber os valores devidos. O Sindicato orienta que os profissionais não assinem nenhum documento de rescisão sem receber os valores primeiro, e oferece assistência jurídica aos associados que necessitarem.

A crise na saúde do Tocantins levanta questões sobre a gestão terceirizada desses serviços, destacando a importância de medidas preventivas para proteger os trabalhadores que atuam na linha de frente do sistema de saúde.

Fonte: Sindicato dos Farmacêuticos.