CONTINGENTE INSUFICIENTE DE ASSISTENTES DE FARMÁCIA EM HOSPITAIS DO TOCANTINS CHEGA A NÍVEL CRÍTICO

A falta de técnicos de farmácia para auxiliar os farmacêuticos nas farmácias dos hospitais gerenciados pelo Estado do Tocantins atingiu um ponto insustentável. A situação é particularmente grave no Hospital Regional de Araguaína, onde a direção do hospital, por mera liberalidade, alterou as escalas de plantão, deixando uma quantidade insuficiente de farmacêuticos, auxiliares ou assistentes durante os plantões.

O quantitativo insuficiente desses assistentes aumenta sobremaneira a carga de trabalho dos farmacêuticos, impossibilitando-os de se ausentar da farmácia para realizar tarefas essenciais, como o mapeamento de medicamentos nos diversos setores de internação, centro cirúrgico e pronto-socorro.

O Sindicato dos Farmacêuticos já notificou a Secretaria de Saúde sobre o impacto negativo dessa falta de assistência. Além de suas responsabilidades clínicas, os farmacêuticos agora também precisam realizar tarefas administrativas anteriormente executadas pelos assistentes.

Um ponto de preocupação particular é a preparação das doses unitárias contendo medicamentos que serão administrados aos pacientes internados. Sem o suporte de assistentes ou mais farmacêuticos, a revisão das prescrições torna-se ainda mais difícil, colocando em risco a segurança dos pacientes. A gestão do hospital tem mostrado pouca sensibilidade em relação à necessidade de um quantitativo adequado de profissionais para o desempenho dos serviços.

É importante destacar que o último concurso para a área de saúde ocorreu em 2008, e desde então, a contratação de profissionais temporários tem sido insuficiente para atender à demanda do setor. O Sindicato dos Farmacêuticos espera que a Secretaria de Saúde dispense mais atenção a esta questão urgente.

O Hospital Regional de Araguaína já enfrentou diversos problemas entre a direção e as categorias profissionais. A farmácia hospitalar merece respeito e não deve ser objeto de ingerências políticas partidárias.

Fonte: Sindicato dos Farmacêuticos