Sindifato recomenda cautela na antecipação dos passivos salariais
O Sindicato dos Farmacêuticos do Tocantins (SINDIFATO) emite um alerta importante aos farmacêuticos servidores do estado sobre os altos custos envolvidos no adiantamento dos passivos salariais pendentes desde 2015 até 2019. Este esclarecimento é crucial, dada a complexidade e o potencial impacto financeiro da decisão de antecipar esses valores.
Os dados disponíveis no portal do servidor, fornecidos pela Secretaria de Administração do Estado, indicam que os montantes referentes a progressões salariais e datas-bases não pagas estão sendo oferecidos sem correção monetária ou juros, e parcelados em até 96 vezes. Isso significa que o valor devido desde 2015 será recebido sem ajustes pela inflação acumulada, representando uma perda significativa para o servidor.
Além disso, as taxas de juros praticadas pelas instituições bancárias conveniadas variam entre 54,5% e 84% dos valores disponíveis no portal. Na prática, isso implica que, na melhor das hipóteses, o servidor acabará recebendo menos da metade do valor total devido.
Outro aspecto preocupante é a exigência de que os servidores assinem um termo de renúncia ao questionar os cálculos ou valores de forma administrativa ou judicial, o que pode levar a prejuízos futuros caso erros sejam identificados posteriormente.
O SINDIFATO destaca ainda que o adiantamento dos passivos está sendo feito na modalidade de consignação. Isso coloca o servidor em uma posição vulnerável, pois, em caso de atrasos ou suspensão dos pagamentos por parte do Estado, ele arcará com multas, juros, correções e outras despesas bancárias.
Considerando um exemplo hipotético: se um servidor tem um passivo de R$ 50 mil para receber e opta pela negociação com juros menos danosos, ele efetivamente receberá apenas cerca de R$ 23 mil. Além disso, ficará vinculado ao banco por oito anos, correndo o risco de enfrentar problemas caso haja atrasos nos pagamentos pelo Estado.
Diante desses fatores, o SINDIFATO orienta os farmacêuticos servidores a realizarem uma análise detalhada da real necessidade de adiantamento dos passivos, ponderando os riscos e prejuízos potenciais. A decisão de antecipar esses valores deve ser tomada com cautela, visando evitar problemas financeiros.
Fonte: Sindicato dos Farmacêuticos.
