SEGMENTO DE SAÚDE PRIVADA NO TOCANTINS DEIXA DE SER ATRATIVO PARA FARMACÊUTICOS

O segmento de hospitais, clínicas e laboratórios privados no Tocantins tem se tornado cada vez menos atrativo para os farmacêuticos do estado. Desde a reforma trabalhista de novembro de 2017, a situação se agravou devido ao colapso na representação patronal dos estabelecimentos de saúde privada, que enfrentam dificuldades significativas para se manterem viáveis.

A crise no setor foi intensificada por divergências internas entre os diretores dos hospitais e clínicas, que ainda enfrentam problemas relacionados ao recebimento de pagamentos por serviços prestados ao plano de saúde gerido pelo Estado do Tocantins. Um dos maiores hospitais do estado entrou em recuperação judicial, o que resultou em pagamentos devidos aos credores e ex-funcionários sendo finalizados por valores abaixo do esperado no primeiro semestre de 2024.

Com a crise instalada, as negociações coletivas de trabalho entre os sindicatos representantes dos profissionais de saúde e a representação patronal foram paralisadas. A inércia na resolução dos conflitos resultou em ações de dissídio coletivo na justiça do trabalho ou em procedimentos de mediação junto ao Ministério Público do Trabalho.

Essa situação levou a uma grande debandada de profissionais do setor, especialmente farmacêuticos, que buscaram outros segmentos de atuação devido à estagnação salarial. Desde 2017, muitos trabalhadores tiveram seus salários congelados, com raríssimos casos em que houve reajustes baseados na inflação. A maioria dos empregadores do setor privado de saúde no Tocantins não repôs as perdas inflacionárias, desvalorizando seus profissionais.

O Sindicato dos Farmacêuticos do Tocantins tem buscado diálogo com a representação patronal desde 2019, mas continua enfrentando desafios, especialmente em relação ao limite mensal de plantões. A falta de avanços nas negociações salariais e a crise no setor tornam urgente a busca por soluções que valorizem os profissionais da saúde, garantindo condições dignas de trabalho e remuneração.

Fonte: Sindicato dos Farmacêuticos.