A Associação Saúde em Movimento (ASM), responsável por gerenciar Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em vários hospitais do estado do Tocantins, incluindo o Hospital Geral de Palmas, Regional de Augustinópolis, Regional de Porto Nacional e a Maternidade Dona Regina, pediu a rescisão de seus contratos com o Governo do Tocantins. O encerramento vem na esteira de uma série de reclamações contra a empresa, abrangendo desde a falta de pagamento a funcionários até dívidas em fornecimento de alimentação e escassez de insumos, medicamentos e até profissionais de saúde.
O Sindicato dos Farmacêuticos já havia notificado a Secretaria de Saúde do Estado sobre várias irregularidades nas unidades administradas pela ASM. Entre as queixas registradas estavam os constantes atrasos no pagamento de salários e a falta de fornecimento adequado de medicamentos e insumos. Além disso, denúncias sobre a falta de recolhimento de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e contribuições previdenciárias, bem como plantões extraordinários não remunerados, já haviam sido oficialmente encaminhadas.
As reclamações contra a ASM não apenas mobilizaram os sindicatos, mas também atraíram a atenção dos órgãos reguladores e da Justiça. O caso reflete a complexa situação da saúde pública no estado e a urgência em resolver esses problemas administrativos para garantir o bem-estar dos pacientes e dos profissionais de saúde.
Em resposta ao encerramento abrupto dos serviços da ASM, o Sindicato dos Farmacêuticos anunciou que prestará assistência administrativa e jurídica aos farmacêuticos que se sentirem prejudicados pela rescisão dos contratos. O sindicato enfatizou a importância de proteger os direitos desses profissionais, que já enfrentam condições de trabalho desafiadoras.
O encerramento dos contratos com a ASM levanta questões urgentes sobre como o Governo do Tocantins planeja manter os serviços essenciais nas UTIs dos hospitais afetados. Até o momento, não há informações claras sobre quais medidas estão sendo tomadas para garantir a continuidade dos cuidados médicos nas unidades.
O momento é de incerteza e exige respostas rápidas e eficazes tanto do poder público quanto das entidades envolvidas para que não ocorra um colapso ainda maior na saúde pública do estado.
Fonte: Sindicato dos Farmacêuticos.