A indefinição predomina nas negociações coletivas dos farmacêuticos hospitalares no estado do Tocantins. Os profissionais estão sem aumento salarial desde 2019, e o Sindicato que representa os Hospitais, clínicas e laboratórios vem protelando as negociações. O impasse persiste, apesar da mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT), e o processo tem se mostrado moroso.
O Sindicato dos Farmacêuticos propôs o dissídio coletivo, no entanto, a representação patronal não aceitou. A principal questão entre as partes se refere ao número de plantões mensais. Após a reforma trabalhista de novembro de 2017, alguns hospitais aumentaram de 13 para 15 os plantões mensais. A medida, que ocorreu ao arrepio da Lei e da norma coletiva da categoria, resultou em uma maior carga horária para os profissionais, porém, sem o devido acréscimo na remuneração.
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) consolidou o entendimento de que a compensação de jornada deve ocorrer somente por meio da negociação com o sindicato da categoria, e não por acordo individual. Porém, mesmo diante dessa decisão, a situação dos farmacêuticos hospitalares no Tocantins permanece indefinida.
“A situação é de total desrespeito com os profissionais”, afirma o presidente do Sindicato dos Farmacêuticos, Renato Soares Pires Melo. “Estamos há anos sem aumento salarial e ainda temos que lidar com uma carga horária aumentada, sem a devida compensação. Esperamos que a mediação do MPT possa resolver essa situação o quanto antes”.
Enquanto o impasse persiste, os profissionais da categoria aguardam uma definição. A expectativa é de que as negociações avancem e que as condições de trabalho dos farmacêuticos hospitalares sejam melhoradas. No entanto, até que isso ocorra, a insatisfação e a incerteza continuam sendo as tônicas entre os profissionais.
Fonte: Sindicato dos Farmacêuticos.
